O Prof. Marcelo não resiste à tentação de politizar questões que, apesar de estarem sob a alçada da esfera política (aliás, no limite não está tudo?) não devem ser partidarizadas. Para os mais distraídos, basta lembrar como o Prof. desculpabilizou de forma irresponsável a atitude de Fernado Ruas, autarca de Viseu (aliás, Cavaquistão) e presidente da Associação de Municípios, quando este último incitou os seus presidente de juntas de freguesia a "correrem os Vigilantes da Natureza à pedrada" (foi uma oportunidade perdida para os auto-proclamados defensores da vida saírem da sombra, em prol das pessoas, para variar um bocado).
Adiante...
Ora, quem viu o video do Prof. fica com a nítida ideia que ele vota não porque o actual projecto de referendo é liderado pelo PS:
Depois de ver isto, é inevitável perguntar porque é que alguém no seu perfeito juízo, que se manifesta publicamente a favor da despenalização do aborto vai responder não à pergunta:
"Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?"
Os Gato Fedorento aperceberam-se disso e, como é claro, expuseram o Prof. ao ridículo:
Pois é, o Prof. Marcelo acabou de perder o capital de confiança e "pseudo-isenção" que consegui conquistar junto dos portugueses ao longo dos últimos anos, enveredando por politiquices de meia-tigela. Ele assume-se como pai do referendo e pelo vistos quer que a gente volte a levar com o filho dele daqui a oito anos porque já todos perceberam que ninguém quer criminalizar o aborto, nem mesmo que vota não no referendo.
Acabo com uma questão: por ter opinião contrária aos auto-proclamados Pró-Vida, faz de mim um Pró-Morte?
30 janeiro 2007
03 janeiro 2007
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